A Divina Comédia
  • Home
  • A Divina Comédia
    • Apresentação
    • Ambientação e História
      • Parte 1
      • Parte 2
      • Parte 3
      • Parte 4
      • Parte 5
      • Parte 6
      • Parte 7
    • Introdução à Comédia
      • Parte 1
      • Parte 2
    • Inferno
      • Parte 1
      • Parte 2
      • Parte 3
      • Parte 4
      • Parte 5
      • Parte 6
      • Parte 7
      • Parte 8
    • Purgatório
      • Parte 1
      • Parte 2
      • Parte 3
      • Parte 4
      • Parte 5
      • Parte 6
      • Parte 7
      • Parte 8
      • Parte 9
      • Parte 10
    • Paraíso
      • Parte 1
      • Parte 2
      • Parte 3
      • Parte 4
      • Parte 5
      • Parte 6
  • Citações
    • A Vida Nova
    • Aristóteles
    • Camões
    • Centauros
    • Da Monarquia
    • Guelfos e Gibelinos
    • Gênios do Renascimento
    • Gustave Doré
    • Homero
    • Linguagem vulgar
    • Platão
    • Ovídio
    • Provençais
    • Santo Agostinho
    • Tomás de Aquino
    • Umberto Eco
    • Virgílio
  • Comentários
  • Autor
  • Contato
29/01/2018 by Publisher AEL

Ambientação e História – Parte 1

Ambientação e História – Parte 1
29/01/2018 by Publisher AEL

Uma Alegoria Metafísica (Esotérica) – Quattro Sensi + (3) – Por Volmer do Rêgo

Oh! vós que tendes o intelecto saudável
Atentai para a doutrina que se esconde
oculta sob o véu dos versos estranhos…

Retrato de uma Época

Ambientação

Dante Alighieri 1265 – 1321 d.C

Três forças lutavam pelo poder em Roma – a casa dos Habsburgs, imperadores alemães, a casa de França e seus reis católicos e a própria cúria romana, lideradas pelo Papa e seus cardeais. Além disso os próprios italianos que tinham enorme interesse em suas próprias terras, claro! Todos pretendendo ser os representantes vivos dos césares romanos, imperadores eternos de Roma. O poder, a riqueza em jogo eram incomensuráveis. Roma era a capital do mundo (do Ocidente, pelo menos). Contudo, uma onda de violência se estendia por toda a península italiana e a bota vivia em polvorosa, resultado das inúmeras arengas entre várias facções interessadas no poder.

A Itália era uma concha de retalhos políticos e interesses diversos entre as várias regiões que a formavam (como os estados brasileiros que vivem num constantemente tenso e frágil pacto federativo), e cada uma delas tinha um governante e autonomia para gerir seus negócios como quisesse, devendo respeito e tributos ao papa e ao imperador.

Mapa da Itália

Florença era uma das cidades mais importante da região da Toscana. Uma população ativa e diligente dedicava-se às atividades comerciais e ao artesanato, e sua elite propendia com o mesmo furor e entusiasmo às artes e às letras, o que projetava a cidade no cenário cultural da época, muito embora fosse ofuscada por outras rivais mais antigas da região. Geograficamente, sua posição privilegiada facilitava o intercâmbio com os portos de Gênova e Nápoles, e era ponto de parada terrestre obrigatória para os que vinham de países além Alpes – especialmente Alemanha, Áustria, Suíça e França.

Neste cenário nasceu, entre 15 de maio e 15 de junho de 1265, o poeta Durante (“Dante” como ficou conhecido) Alighieri, filho de Alighiero di Belincione Alighieri e Donna Bella, descendentes de um tal de Cacciaguida, cavaleiro valoroso, paladino papal morto em 1148 numa cruzada na Terra Santa, no séquito de Conrado III. Cacciaguida casara-se com uma Alighieri di Ferrara, de quem se originu o nome de Dante. Quando, porém, este nasceu, sua família já estava bastante decadente, tanto que seu pai vivia do dinheiro que emprestava a juros, agindo como um médio agiota.

Signori Belincione, pai de Dante, era um funcionário público do estado florentino, pertencente a média/baixa nobreza local, e Guelfo por inspiração política, partidário da autonomia da República e ao mesmo tempo da incolumidade do papa. Curiosa situação, difícil de manter, pois as duas forças – reis e padres – viviam se engalfinhando pelo poder, ainda que um decidisse sobre o poder temporal e outro sobre os desígnios espirituais.

Foto do rosto de Dante reconstituída de acordo com modernas técnicas computacionais

Os Guelfos lutavam contra arqui inimigos: os Gibelinos, adeptos do poder unitário imperial e anti-papal, grupo, àquela época, liderado por Farinata Degli Uberti, sob a inspiração de Manfredi, filho bastardo do alemão Frederico II, Imperador do Sacro Império Romano, corporificado na Alemanha e na Itália, ambos, pai e filho, responsáveis por mais uma derrocada do exército florentino, ao fim de mais uma das constantes e sangrentas batalhas que se seguiam pelo poder local.

Em 14 de setembro de 1260 os Gibelinos impuseram seu poder aos Guelfos em Monteaperti depois de batalhas sangrentas, saques sistemáticos e implacáveis perseguições. Com os Guelfos fora do poder a família Alighieri viu o pai afastado de sua função pública e teve de se auto-exilar por cinco anos. A instabilidade política no país era uma constante na vida daquela gente.

Next article A Vida Nova – Dante Alighieri
Publisher AEL(https://adivinacomedia.aescolalegal.com.br)
Jornalista, Professor (Sociologia e Literatura de Língua Portuguesa- Brasil), Escritor - Pos-grad Ciência Política

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Apresentação

Ambientação e História

  • Parte 1
  • Parte 2
  • Parte 3
  • Parte 4
  • Parte 5
  • Parte 6
  • Parte 7

Introdução à Comédia

  • Parte 1
  • Parte 2

Inferno

  • Parte 1
  • Parte 2
  • Parte 3
  • Parte 4
  • Parte 5
  • Parte 6
  • Parte 7
  • Parte 8

Purgatório

  • Parte 1
  • Parte 2
  • Parte 3
  • Parte 4
  • Parte 5
  • Parte 6
  • Parte 7
  • Parte 8
  • Parte 9
  • Parte 10

Paraíso

  • Parte 1
  • Parte 2
  • Parte 3
  • Parte 4
  • Parte 5
  • Parte 6

Ambientação e História

  • Parte 1
  • Parte 2
  • Parte 3
  • Parte 4
  • Parte 5
  • Parte 6
  • Parte 7

Introdução à Comédia

  • Parte 1
  • Parte 2

Inferno

  • Parte 1
  • Parte 2
  • Parte 3
  • Parte 4
  • Parte 5
  • Parte 6
  • Parte 7
  • Parte 8

Purgatório

  • Parte 1
  • Parte 2
  • Parte 3
  • Parte 4
  • Parte 5
  • Parte 6
  • Parte 7
  • Parte 8
  • Parte 9
  • Parte 10

Paraíso

  • Parte 1
  • Parte 2
  • Parte 3
  • Parte 4
  • Parte 5
  • Parte 6
@ copyright 2002. A Divina Comédia de Dante Alighieri - Uma Alegoria Metafísica (Esotérica) - Quattro Sensi + (3)
Por Volmer do Rêgo

Volmer do Rêgo: Autor

Jornalista, Assessor de Imprensa, Escritor e Professor

Saiba mais!