vergine madre, figlia del tuo figlio
umile e alta piú che creatura
termine fisso d’etterno consiglio,
“Na forma de alva rosa imaculada aos meus olhos surgia a corte santa, por Cristo, com seu sangue, desposada.”
Paraíso – Canto XXXI (vs. 1,2,3.) No Canto XXXI Dante procura Beatriz que já não está mais ali, e encontra São Bernardo que o convida a erguer os olhos e admirá-la, gloriosa e pousada sobre a orla paradisíaca da rosa de luz, como a mãe divina (relação com a virgem Maria, que também quer ser lida como a tautologia Santa Madre Igreja): – “Podes vê-la na parte superior, no giro ali terceiro, a fulgurar, sobre o trono erigido ao seu valor…e Dante a vê: divisei a dulcíssima auriflama, em raios envolvida, resplandecentes, que à distância alargavam sua chama.”
No Canto XXXII o mesmo Bernardo explica ao poeta como se divide e se compõe a rosa mística, dividia em quatro partes iguais, em que no corte vertical se colocam de um lado as almas do Velho Testamento e no outro as do Novo, e no corte horizontal acima se encontram as almas dos adultos e abaixo as almas das crianças. Não há a menor referência à diferença de gêneros. E, à época, só se concebiam dois: masculino e feminino. Segundo as leis da Natureza!
O Canto XXXIII inicia-se com uma prece à virgem Maria, feita por Bernardo, solicitando uma permissão para que Dante possa contemplar de per si a essência Divina. “Este, que dos desvãos finais do inferno chega, já tendo visto, uma por uma, as três partes do reino sempiterno, roga-te qual na terra, lá, costuma, a graça abrires a visão, ao resplendor da claridade suma.” Não é dado a qualquer um poder ter o entendimento (a visão) da luz divina, neste caso Dante assume a sua importância ou pretensão a escolhido (talvez como o maior poeta da língua).
Dante ergue os olhos e vê um raio luminoso, um ponto desdobrar-se em três anéis, numa representação da Trindade, e num dos anéis se instila a figura luminosa de um rosto, um mistério da encarnação. “Um rosto humano ali me parecia ter instilado em sua irradiação; e, pois, todo para ela me volvia. Como o geômetra, que intenta a medição do círculo, e porfia e não atina, co’ o princípio de sua indagação, eu me sentia ante a visão divina: e buscava apreender como essa imagem na auréola se estampava, fidedigna…e súbito um relâmpago eclodia, que me aclarou na lúcida voragem. Aqui findou, sem força, a fantasia: mas já ao meu querer soltava as velas, qual a rodam co’ o moto em sincronia, o Amor que move o sol, como as estrelas.”
obs.: – a última palavra do livro do Paraíso é estrelas, assim como no livro do Purgatório e também no do Inferno. Prova de que Dante tinha na Astronomia uma ciência de fundamental importância para o entendimento de sua vida.
Um representação artística da Rosa mística vista por Dante vendo-se ao centro o primo-mobile – o próprio Deus.
(Arte em Photoshop por Volmer do Rêgo)
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